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Passeio Adamastor 30801D, 1990-165 Lisboa, Portugal

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Reviews — 8

Rui Pedro da Costa Tirá
at 2023 May 05
Rui Pedro da Costa Tirá
at 2023 May 05
Cais Adamastor
Fahmida Aktar
at 2021 Aug 25
Fahmida Aktar
at 2021 Aug 25
Miguel
at 2021 May 04
Miguel
at 2021 May 04
Em 10 de Maio de 1937 Lisboa vivia um dia especial. Na Rocha do Conde de Óbidos, em Alcântara, centenas de pessoas amontoavam-se para assistir ao lançamento à água de dois navios acabados de construir: O Santa Maria Manuela e o Creoula.
Nesse dia os estaleiros da Companhia União Fabril (CUF) encerraram as portas para permitir que todos participassem na cerimónia. Os operários distribuíram-se pelo topo das gruas e margens do porto encostado às águas do Tejo. Todos queriam testemunhar o 'bota-abaixo' dos navios gémeos construídos em apenas 62 dias para a pesca de bacalhau na Terra Nova e Gronelândia. O momento foi solene, com a presença do Chefe de Estado (Óscar Carmona) e vários ministros, e representava um marco singular para a indústria naval portuguesa.

Vasco Albuquerque d'Orey foi o armador da Empresa de Pesca de Viana, que encomendou o Santa Maria Manuela aos estaleiros da CUF. O casco é em aço, detalhe importante para navegar em mares com gelo. O navio foi batizado com o nome da mulher do armador, Maria Manuela, mãe de 16 filhos.

O Santa Maria Manuela foi construído para a pesca do bacalhau. A partida dos navios para os bancos da Terra Nova e Gronelândia era um momento muito emotivo com a despedida das famílias e a presença de altas figuras da Igreja e do Estado. As lágrimas dos familiares contrastavam com o sentimento de grande expectativa dos pescadores em regressar a Portugal com os porões dos navios cheios de bacalhau. O peixe era o seu único meio de subsistência.

As campanhas duravam cerca de seis meses e iniciavam-se com uma viagem desde Lisboa. A bordo do navio seguiam cerca de 70 homens experientes e preparados para enfrentar a agrura dos mares do Norte. Um desses homens tinha sobre os seus ombros mais responsabilidade do que os outros.
Era ao capitão que competiam as grandes decisões: vencer as tempestades; gerir o ânimo da tripulação e encontrar o bacalhau. "Durante a viagem um pescador ficou ferido com gravidade enquanto participava numa manobra de panos na proa do navio", recorda Vitorino Ramalheira, capitão do SMM em 1966. "Quando chegámos ao porto de São João, na Terra Nova, o pescador acabou por falecer. Foi muito dramático e triste." O momento ficou registado pela câmara de filmar de uma equipa do National Film Board of Canada, que se encontrava a bordo a realizar o documentário The White Ship. A pesca do bacalhau à linha estava entre as profissões de maior risco.

No convés do Santa Maria Manuela seguiam dezenas de dóris – pequenas barcos de fundo chato. Um dóri levava apenas um pescador. Depois de tocarem os mares gelados cada homem seguia o seu destino, à força de remos ou com o apoio de uma pequena vela. Os pescadores passavam 12 horas consecutivas nos dóris. Lançavam à água centenas de metros de linha com anzóis e isco. Quando o dia corria bem um só pescador conseguia apanhar meia tonelada de bacalhau. Registaram-se casos em que os dóris afundaram com o excesso de peso. O SMM só regressava a casa quando os porões estavam cheios de peixe. "Era o dia mais feliz a bordo, assim que içava a bandeira nacional e iniciávamos a viagem de regresso a Portugal", conta Vitorino Ramalheira, antigo capitão do SMM.

O Santa Maria Manuela é um dos últimos exemplares da lendária Frota Branca Portuguesa (Portuguese White Fleet). O nome foi atribuído pelas comunidades da Terra Nova durante a II Guerra Mundial. Durante esse período alguns navios foram atingidos por torpedos de submarinos. Após esses trágicos episódios o Estado Maior Naval decidiu mandar pintar de branco os cascos da frota de pesca portuguesa. Os bacalhoeiros partiam em comboio desde Lisboa em direção à Terra Nova e Gronelândia com o nome e bandeira de Portugal bem visíveis no casco – o nosso país manteve a neutralidade durante o conflito. Dessa frota mítica – imortalizada no livro A Campanha do Argus, de Alan Villiers – resta apenas o Santa Maria Manuela, o Argus, o Creoula e o Gazela I.
Lugar lindo para passear.
WESLLEY (MJRWESLLEY)
at 2020 Jun 30
WESLLEY (MJRWESLLEY)
at 2020 Jun 30
Bom local para a pesca no fim de semana, pois o carro pode ficar junto ao pesqueiro e não funciona o estacionamento pago (não sei se é temporário devido ao covid, mas o mês todo de junho têm sido assim, desde que descobri). Durante a semana para o carro ficar junto ao pesqueiro, pode pagar o estacionamento...
Manuel Coelho
at 2019 Jan 21
Manuel Coelho
at 2019 Jan 21
Bom sitio para dar um passeio tranquilo junto ao Tejo
RiTa Morga
at 2018 Dec 14
RiTa Morga
at 2018 Dec 14
Uma luz natural espectacular!

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